Atos contra Bolsonaro 02/10: Barrar o golpismo e os ataques aos direitos

Crédito: MTST

Construir as bases para uma greve geral e uma saída da classe trabalhadora para a crise!

Os atos de 7 de setembro mostram que Bolsonaro, apesar de enfraquecido, ainda conta com uma base considerável e perigosa. Acuado, ele usa o mesmo método de “morde” e “assopra”, para mobilizar sua base, para depois encenar um “recuo” para manter o apoio institucional. Para o Centrão e a oposição de direita, isso é suficiente para tentar fingir uma normalidade.

De crise em crise, Bolsonaro tenta acumular forças para uma aventura golpista, na medida que suas chances de ganhar as eleições diminuem e o risco de prisão se aproxima de sua família corrupta.

Esse show de horrores também serve para desviar a atenção dos contínuos ataques e ameaças de retrocessos. Com relação a esses ataques, toda a elite, mesmo aqueles que se opõe ao de Bolsonaro, tem acordo: privatizações, reforma administrativa, marco temporal, etc.

Enquanto isso, agrava-se todas as crises sociais. O desemprego e aumento dos preços dos alimentos, energia e combustível e piora a fome e pobreza. Apesar do avanço da vacinação, ainda morrem mil pessoas a cada dois dias.

A crise ambiental já está presente, não é só algo para o futuro, e se agrava a cada dia com as queimadas, desmatamento e poluição. Suas consequências se mostram na crise hídrica, que ameaça uma crise energética e aumenta os preços da luz e alimentos.

Além de tudo isso, sofremos com o aumento na violência que se nutre da crise social e da política reacionária de Bolsonaro que encoraja a violência policial e ataques racistas, machistas, lgbt-fóbicos e contra indígenas.

Nada disso é natural. É consequência de um sistema capitalista em crise, que de um lado gera ganhadores, com o aumento da riqueza dos bilionários, e do outro lado os que fazem fila por ossos para se alimentar.

Por isso, a nossa luta tem que ser desde já e com o objetivo de derrubar esse governo e colocar em cheque o sistema nefasto que criou o bolsonarismo. Não podemos esperar até as eleições no ano que vem. A defesa dos direitos democráticos e a derrota eleitoral de Bolsonaro dependerá principalmente na lutas que travamos hoje.

Precisamos pressionar as direções sindicais e outros movimentos que ainda não jogaram todo o peso na luta, apostando na tática petista perigosa de enxergar a luta como algo para sangrar o governo e abrir o caminho para uma vitória eleitoral em 2022.

Uma repetição das táticas eleitorais do PT, com um novo governo de conciliação de classes, não irá resolver os problemas que enfrentamos e irá preparar novas derrotas.

Do mesmo modo, não podemos depender na boa vontade da oposição de direita, que nunca irá travar uma luta consequente contra Bolsonaro, já que essa luta irá ameaçar a política neoliberal que eles apoiam. Por isso, mesmo se podemos ter alguma unidade pontual na luta, não podemos apostar todas nossas fichas nela e menos ainda rebaixar nossas demandas em nome de uma suposta unidade.

Só a luta da nossa classe vai poder desafiar o governo e o sistema. Só será possível construir a unidade da classe se a luta expressar a luta contra tudo aquilo que castiga nossa classe diariamente: a fome, desemprego, falta de saúde, moradia, educação, ataques ao direitos dos povos indígenas e trabalhadores, o racismo, machismo e lgbt-fobia, etc.

Por isso, além dos atos de 02 de outubro e 15 de novembro, precisamos construir um movimento por uma greve geral, com assembleias nos locais de trabalho, construindo comitês contra Bolsonaro nos bairros, discutindo nossas demandas e táticas para a luta.

Vamos às ruas para prevenir uma aventura golpista e, ao mesmo tempo, destacar a importância de se construir uma alternativa socialista dos povos indígenas, negras e negros, mulheres, grupos LGBTQIA+ e o conjunto da classe trabalhadora que pode mostrar um caminho de ruptura com esse sistema nefasto.

Junte-se à nossa luta!

  • Fora Bolsonaro, Mourão e a agenda neoliberal e autoritária!
  • Vacina para todos já!
  • Auxílio emergencial de um salário-mínimo!
  • Controle de preços da cesta básica!
  • Em defesa de emprego e direitos!
  • Não marco temporal! Demarcação das terras indígenas e quilombolas!
  • Privatização não!
  • Unir as lutas e construir as bases para uma greve geral!
  • Por uma saída anticapitalista e socialista da classe trabalhadora para a crise!

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