A melhor defesa é o ataque! Boulos e Guajajara com um programa anticapitalista e socialista!

Crédito: Mídia Ninja

A melhor defesa é o ataque! Para os trabalhadores e o povo, não basta saber esquivar-se dos golpes. Mesmo quando algum recuo é necessário, ele só tem sentido se servir para preparar um contra-ataque.

É preciso saber ir para cima do agressor no momento e da forma corretos sob pena de, em algum momento, cansados e menos atentos, sermos atingidos em cheio e nocauteados.

A defesa dos mais básicos direitos conquistados pelos trabalhadores e o povo é uma das tarefas centrais do atual momento.

Em primeiro lugar, lutamos pelo direito à vida. O mesmo que foi negado a Marielle Franco e Anderson e a milhares de ativistas, negros e negras, mulheres em geral, LGBTs, indígenas e povo pobre das periferias e favelas, assassinados de forma sistemática.

Além disso, precisamos defender nossos direitos trabalhistas, o direito à aposentadoria, o direito a serviços públicos adequados, ao emprego, salário e condições de trabalho.

Para garantir isso, temos que fincar pé em nossos direitos democráticos, liberdade de organização e mobilização, o direito à livre expressão de nossas ideias sem perseguição e criminalização.

Até mesmo o direito de expressão política, apresentação de candidaturas, está em jogo, como no caso da prisão de Lula.

Mas, essa resistência precisa estar colada a uma alternativa que ofereça outros rumos, radicalmente diferentes, para o país.

Não vamos nos defender dos ataques dos governos, da direita e dos patrões a partir da defesa do atual estado de coisas.

A palavra de ordem da mudança, da mudança radical, tem que ser nossa e não de nossos inimigos que só querem fazer o país andar para trás, mudar para pior.

Por isso, é importante a unidade com todos os que queiram lutar contra a direita, os patrões e os ataques aos nossos direitos, incluindo os partidos do campo Lulista que governou o país e hoje foi jogado para a oposição.

Mas, isso não basta. Não podemos abrir mão de nos diferenciar programaticamente desse projeto conservador de esquerda que o PT representa.

A garantia de direitos democráticos e sociais só se conquista na luta, com organização de base e unidade da classe trabalhadora e de todos os explorados e oprimidos.

Só se conquista também se esta mobilização estiver armada com um programa e um projeto político de superação da atual ordem política e econômica.

O que representa a chapa Boulos e Guajajara

É por isso, que a apresentação de uma pré-candidatura presidencial como a de Guilherme Boulos e Sônia Guajajara, assume uma importância fundamental no contexto brasileiro.

Não porque existam ilusões de que através dessa eleição presidencial se conseguirá a solução de nossos problemas. Mas, sim porque é preciso apresentarmos uma alternativa que nenhuma das forças políticas tradicionais pode ou quer apresentar.

Guilherme Boulos é um representante das mais legítimas lutas populares contra o governo Temer e os ataques aos nossos direitos.

A marca de sua militância política não é a negociação de cúpula e os acordos com os inimigos do povo, como fez o PT no governo. Mas, sim a organização de base dos trabalhadores, a luta direta, as ocupações e mobilizações massivas.

Como dirigente do MTST, Guilherme traz para a disputa presidencial a voz dos sem-teto, dos trabalhadores mais pobres, precarizados e que hoje são aqueles mais duramente castigados pela crise, desemprego, ataques aos direitos e a destruição dos serviços públicos.

Sônia Guajajara, por sua vez, é a primeira mulher indígena a compor uma chapa presidencial na história do Brasil, uma história marcada pelo massacre consciente e criminoso dos povos indígenas que se mantém até os dias de hoje.

A pré-candidatura de Sônia representa uma tapa na cara do grande capital nacional e internacional, das mineradoras e agronegócio que destroem o meio ambiente e massacram os povos originários.

Nessa luta, a participação de Sônia Guajajara na chapa presidencial com Guilherme Boulos demarca claramente o projeto que defendemos daqueles que foi assumido pelo PT no governo, que promoveu a construção da usina de Belo Monte, por exemplo, um dos maiores ataques aos povos indígenas e ao meio ambiente em nosso país.

Uma aliança da esquerda radical e dos movimentos sociais

A chapa Boulos e Guajajara representa uma aliança política de esquerda, radical e inédita entre partidos de esquerda como o PSOL e o PCB e movimentos sociais dos mais combativos como o MTST (sem-teto) e a APIB (povos indígenas).

A mensagem que Boulos e Guajajara devem transmitir é de que só a luta muda a vida. A campanha eleitoral deve assumir a forma de campanha-movimento, organizando os trabalhadores e os oprimidos em geral, fazendo o trabalho de base e criando as condições para o aprofundamento e continuidade da luta independentemente do que saia das urnas em outubro.

Para ser consequente, essa campanha precisa apresentar um programa que ligue as demandas legítimas do povo com bandeiras e caráter anticapitalista e socialista, medidas que radicalizem a democracia e criem as condições para o controle dos trabalhadores e do povo sobre a economia e o sistema político.

Junte-se à campanha de Boulos e Guajajara! Junte-se ao PSOL e sua aliança de esquerda com os movimentos sociais! Colabore na construção do programa e na organização da luta!

“O cenário é muito grave. Nós precisamos ter propostas contundentes, de enfrentamento, de rupturas. O papel da minha campanha não é acalmar o mercado. O mercado que busque tomar Rivotril. O papel da nossa campanha é defender o que a gente acha que tem que se defender para a maioria do povo brasileiro. É transformar maiorias sociais em maiores políticas. Isso significa confrontar interesses e significa enfrentar privilégios porque não tem outro caminho.”
Guilherme Boulos
(entrevista para BBC Brasil, 26-04-18)

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