Sri Lanka: Ameaça de guerra
O cessar fogo de quatro anos no Sri-Lanka está a ponto de colapsar
Nas últimas sete semanas mais de 100 pessoas foram assassinadas, a maioria delas membros das forças armadas do Sri Lanka. No último fim de semana, no acontecimento mais sério até agora, de acordo com uma reportagem sem confirmação, 28 membros do LTTE (Tigres Tamil de Libertação de Eelam) foram assassinados por uma bomba dentro do território dos Tigres.
Na segunda, enquanto duas figuras chaves na renovação dos acordos de paz chegavam à capital, Colombo, mais três soldados foram assassinados e dois feridos por uma mina claymore numa estrada perto de Batticaloa do leste. Esta semana pode ser decisiva sobre la continuação de uma guerra em grande escala. É inerente ao aumento de tensões e hostilidades que se seguiram às eleições em novembro passado de Manida Rajapakse como presidente. Rajapakse foi respaldado pelas forças chauvinistas de Sinhala. Estes não querem negociações que sequer considerem um elemento de autonomía ao Norte e o Leste da ilha, muito menos autodeterminação. Se tem oposto às demandas do LTTE de que as negociações se realizem na Europa e se opõem ao papel do ministro do desenvolvimento norueguês, Erik Solheim, como intermediário para recomeça-las. Mas agora ambos, Solheim e o líder veterano do LTTE, Antón Balasingham, que vive em Londres, chegaram ao país para as conversas que se levarão a cabo durante a semana.
“Um bom sinal dentro de uma situação desalentadora”, disse Siritunga Jayasuriya do Partido Unido Socialista (CIO no Sri Lanka), “É que Balasingham recebeu um helicóptero do governo e uma escolta norueguesa para visitar o quartel general do LTTE na selva de Vanni. Se tem exercido forte pressão sobre Rajapakse, dos ‘patrocinadores’ do Sri Lanka. O imperialismo americano e outros governos capitalistas querem paz aquí para poder continuar com seu comércio e negócios às nossas custas”.
Quando Siritunga Jayasuriya do PUS ficou em terceiro lugar nas eleições, teve a oportunidade de falar ao vivo na televisão imediatamente depois do novo presidente. Advertiu a Rajapakse sobre as forças ameaçam a vida e a segurança das pessoas de língua Tamil na ilha. Prometeu que uma vez que os trabalhadores e jóvens vissem que Rajapakse não cumpriria suas promessas de um futuro melhor, o PUS os mobilizaría em protestos massivos.
Desde as eleições, as pessoas de língua Tamil em Colombo e outras partes, tem sido encurraladas e detidas diariamente pela policía. Milhares tem deixado seus lugares, buscando áreas fora do controle do estado do Sri Lanka. Milhares se tem unido em um novo êxodo à India por segurança, sabendo que uma renovação na luta acarretaria graves perdas de vidas e destruição nas áreas do LTTE do Norte e Leste. O PUS tem apoiado todas as demostrações das pessoas de língua Tamil contra as hostilidades e tem obtido ampla publicidade por seu apoio.
Um amplo movimento contra a renovação da guerra se tem levado a cabo e o PUS está completamente envolvido. “Estamos convocando os sindicatos e as forças de esquerda a unirem-se para criar uma só voz de protesto” declarou hoje Siritunga Jayasuriya. “Continuaremos a luta com grande vigor por uma alternativa socialista ao capitalismo, à guerra e à opressão nacional.”