Unir as lutas da educação e mostrar o caminho a todos os trabalhadores!

Governos e patrões estão tentando transferir aos trabalhadores e jovens o peso da crise econômica que atinge em cheio o país. Expressão disso são as medidas provisórias 664 e 665 de Dilma, o PL 4330 (das terceirizações) do Congresso Nacional e o corte orçamentário praticado por governos municipais, estaduais e federal, com implicações catastróficas sobre os serviços públicos, sobretudo na área da educação

Neste momento, trabalhadores da educação estão em greve em dez estados. Em São Paulo, sob o governo de Geraldo Alckmin (PSDB), a paralisação já dura quase 60 dias em função da intransigência do governo tucano. No Paraná, onde houve uma retomada da greve, a luta foi brutalmente reprimida por Beto Richa (PSDB). Apesar da forte repressão, o magistério paranaense não recuou e segue em greve.

Profissionais do ensino também estão em luta nas redes municipais. Na cidade de São Paulo, o magistério municipal realizará a segunda paralisação no dia 7 de maio e não está descartada a possibilidade de greve caso o governo Haddad (PT) não abra negociação.

Nesse contexto é inadmissível que numa cidade cujo prefeito foi eleito pela legenda do PSOL, como é o caso de Macapá, uma greve de professores, que teve início no dia 11 de abril, não tenha tido suas reivindicações atendidas pela prefeitura. A demanda por 13% de reajuste é legítima e deve ser atendida. A educação e demais serviços públicos devem ser valorizados e por isso exigimos o atendimento integral da pauta de reivindicações dos professores em luta!

Em um momento em que os trabalhadores do país inteiro se mobilizam contra os cortes e ataques, o papel de uma prefeitura do PSOL é colocar-se ao lado dos trabalhadores para arrancar das mãos dos banqueiros e especuladores os recursos necessários para pagar os professores e atender as demandas da população pobre. Se não for para isso, para que serve o PSOL e por que disputamos as eleições?

O peso da crise deve recair sobre banqueiros e especuladores privilegiados na destinação dos recursos públicos através do pagamento dos juros e serviço da dívida pública. O PSOL é campeão da luta contra isso no Congresso Nacional e deve adotar a mesma postura em Macapá ou onde quer que seja.

Devemos exigir das centrais sindicais e da CNTE um plano claro de unificação das lutas da educação. Fragmentação e isolamento só servem aos governos.

O desafio a partir de agora é unificar as lutas em curso apontando para a necessidade de uma greve nacional da educação. Isso incentivaria trabalhadores de outras categorias e criaria as bases para a construção de uma greve geral de 24 horas no país, capaz de derrotar os ataques de governos e patrões.

Todo apoio às lutas dos trabalhadores e da juventude. Todo apoio às greves!

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