Barrar os leilões do petróleo, em defesa do meio ambiente

O leilão de Libra configura-se como a maior privatização da história do Brasil, superando todas as privatizações do governo FHC de 1990. Nesse cenário de venda do petróleo brasileiro para empresas multinacionais é que o governo Dilma isenta-se de sua promessa de campanha, que dizia ser contra a privatização da Petrobrás e do petróleo do pré-sal.

Sabe-se também que o governo Dilma não irá cumprir com a promessa que destinaria 100% dos royalties do petróleo para a educação e que mesmo os 75%  que serão destinados para a educação e os 25% para a saúde são irrisórios comparados a mais de 1 trilhão de dólares que serão entregue nas mãos de grandes multinacionais.

Indignados, petroleiros iniciaram uma greve nacional da categoria desde à noite do dia 16, contra o leilão do campo de Libra, contra o PL 4330 que legaliza a terceirização nas atividades fins e outras reivindicações da categoria.

No dia 21, dia marcado para o leilão, ocorreram protestos em várias cidades do Brasil, e no Rio de janeiro, sede do leilão, manifestantes foram brutalmente reprimidos pelo exército e a força nacional, mostrando mais uma vez a postura truculenta do governo Dilma. O resultado do leilão teve a Petrobrás com 40% de participação, a Shell e Total ficaram com 20% cada uma. E a CNPC e a CNOOC ficaram com 10% cada uma.

Além do petróleo do pré-sal não ser utilizado para atender as  demandas dos trabalhadores,  sua utilização causará um impacto ambiental muito grande devido a técnica usada para a sua produção, o que pode contaminar a água dos lençóis freáticos. Existem também grandes riscos de vazamento de petróleo em exploração de águas profundas, como o que ocorreu em 2010 no golfo do México, quando ocorreu um vazamento de muitos litros de petróleo de uma área equivalente a várias cidades do Rios de Janeiro, matando muitos animais e plânctons marinhos e causando assim, danos irreversíveis ao ecossistema local.

Um relatório recente do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) relata que os últimos 30 anos foram provavelmente os mais quentes  dos últimos 1400 anos. Sendo um forte indício de que o aquecimento global está sendo causado pela queima de combustíveis fósseis, e se continuarem as emissões de gases do efeito estufa na mesma proporção que hoje, até 2100 a temperatura do planeta aumentará em 4°C, o planeta deve manter uma temperatura abaixo de 2°C para manter sua estabilidade climática.

É necessário ocorrer um processo de transição e substituir a utilização do petróleo como combustível e matéria-prima, para fontes mais limpas e menos poluentes e isso só será possível com a substituição do modelo capitalista por uma economia planificada. Além disso é necessário uma Petrobrás 100% estatal, que seja repensada paras produzir energias menos poluentes.

Junte-se a nós nessa luta!
  • Por uma Petrobrás 100% estatal e produtora de energia limpa!
  • Em defesa da greve dos petroleiros!
  • Para barrar os leilões do petróleo!