Greve no RJ: 1 milhão pela educação – ato na terça 15 de outubro

São muitos os motivos das GREVES das diferentes redes, trazendo a necessidade da população estar presente na manifestação do dia 15 de outubro, dia dos professores, para defender uma educação pública, gratuita e de qualidade. Apoie com sua presença a educação pública, pois uma educação transformadora para a classe trabalhadora partira da luta dos profissionais da educação. O professor lutando também esta ensinado a população a lutar por seus direitos, por isso a Luta é Educadora.  

A passeata em defesa da educação e contra as violências do Estado realizada no dia 7 de outubro, reuniu mais de 50 mil pessoas nas ruas, que tomaram a Avenida Rio Branco no Rio e foram até a Cinelândia para protestar contra a repressão da polícia militar nas manifestações da educação em GREVE.

O ato foi convocado por diversas entidades do movimento civil ligadas à área de Direitos Humanos, sindicatos, centrais sindicais, movimento estudantil, além de contar com ampla participação popular.
 

No final do ato, quando os manifestantes já se encontravam na Cinelândia e começavam a dispersar, conflitos violentos entre policiais militares e grupos de manifestantes mostrou que, mais uma vez, o aparato de segurança do governo do estado não tem condição de atuar em protestos desta natureza: bombas de efeito moral, gás de pimenta e repressão violenta dos policiais acabaram atingindo vários profissionais de educação e manifestantes que participavam da atividade.

No dia 15 de outubro, quando se comemora o dia do professor, haverá uma nova passeata que sairá da Candelária, passando pela Avenida Rio Branco via Cinelândia e se encerrara nas escadarias da ALERJ, no acampamento dos profissionais da educação da rede estadual. A presença de todos que defendem uma educação pública de qualidade e a liberdade de expressão é fundamental.
A assembleia da Rede Estadual de Educação realizada no dia 8.10, no Clube Municipal, decidiu pela continuidade da greve, o que significa que o governo assisti 2 meses de greve iniciada no dia 8 de agosto e não apresenta nenhuma solução para a categoria, demonstrando seu descaso com a população e com os profissionais da educação. Esse é o motivo para centenas de profissionais votarem pelo prosseguimento da paralisação, já que o governo do Estado não acena com a reabertura das negociações da pauta de reivindicações da categoria. A rede estadual de educação exige o direito de professores trabalharem em apenas uma escola, a volta do sexto tempo na grade de horários, a redução do número de alunos em sala para 2014, reajuste salarial de 19% para compensar as perdas salariais, a garantia de um terço da carga horária para atividades extracurriculares, eleição para diretores, fim da meritocracia, entre outras propostas.

Houve um ato unificado da FAETEC, Redes Municipal do Rio e Estadual com milhares de pessoas no dia 10.10, ato que saiu do Largo do Machado e tentou chegar infrutiferamente no Palácio Guanabara, pois a polícia fechou as ruas em torno, impedindo o direito à manifestação. A próxima assembleia da rede estadual será no dia 16 de outubro, às 14h.

A assembleia da Rede Municipal de Educação do Rio realizada no dia 9.10 votou também pela continuação da greve nas escolas municipais do Rio. Cerca de cinco mil profissionais de educação estiveram presentes na plenária realizada no Clube Municipal. A categoria seguiu após a assembleia em passeata em direção à sede da Prefeitura e encerrou o ato na Central do Brasil. O SEPE reivindica a reabertura das negociações com o governo municipal e a revogação do Plano de Carreira aprovado pela Câmara de Vereadores. As questões pedagógicas também não foram atendidas como a apresentação por parte da prefeitura de um cronograma que garanta a implementação do 1/3 da carga horária para planejamento, a redução do número de alunos por turma já em 2014 e a garantia da autonomia pedagógica das escolas. A categoria exige também 19% de reajuste, novo plano de carreira (realmente unificado e discutido com a presença do SEPE), fim da meritocracia e melhoria das condições de trabalho. A próxima assembleia da rede municipal será realizada no dia 15.10, às 11h.

A Rede Municipal de Niterói permanece em GREVE por causa da intransigência do governo Rodrigo Neves (PT) em não negociar os principais pontos reivindicados pela categoria: 30 horas para funcionários, aumento salarial, um terço do tempo para planejamento, limitação do número de mandatos das direções de escolas e UMEI’s e melhoria do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS). O governo municipal alega falta de verbas pra investir na educação por causa da má administração do governo anterior e na prática só enrola a categoria que permanece em GREVE.

Texto assinado pela LSR que atua no SEPE no campo Luta Educadora: Anderson Peter, André Damasceno, Bruno Almeida, Daniele Pinheiro, Eduardo “Jesus”, Gisele Amanita, Henrique Monnerat, Jonathan Mendonça, Luciano Barboza, Luiza Leite, Raphael Mota, Ricardo “Didi”, Reginaldo Costa, Wallace Berto.

 

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