Apelo financeiro: Crise histórica do capitalismo global – ajude a construir a alternativa socialista!

Conheça o que ASI defende e faz em poucas palavras – assista nosso vídeo de 4min ‘Junte-se à ASI na Luta por um Mundo Socialista’

Este ano até agora tem sido marcado por novos patamares de crise para o sistema desastroso e caótico que é o capitalismo global. Embora não haja um fim real à vista para a pandemia da Covid-19, os trabalhadores e as trabalhadoras têm sido confrontados com uma nova guerra brutal na Ucrânia, novos níveis de tensão entre os EUA e a China, a maior inflação em décadas, a ofensiva da direita contra as mulheres e pessoas LGBTQIA+, e um aprofundamento da corrente crise financeira e social, da qual trabalhadores e pobres carregam o fardo em nível global.

As maiores corporações do mundo lucraram 5 trilhões de dólares e as pessoas mais ricas estão planejando suas próximas viagens ao espaço. Ao mesmo tempo, partes deste planeta estão enfrentando níveis de calor não vistos em mais de um século e novos recordes de desastres ambientais.

Os horrores da guerra na Ucrânia já estão mudando a maneira como o capitalismo global se vê no futuro. Os governos capitalistas estão investindo quantias históricas na militarização, como pode ser visto com os governos social-democratas sueco e alemão aumentando os gastos militares para um maciço 2% do PIB. Em vez destas medidas destrutivas, precisamos de investimentos maciços na proteção do clima, saúde, serviços sociais e educação. O medo da guerra nuclear voltou, com tecnologia de armas e poder destrutivo muito superior ao que era no auge da última Guerra Fria. Países que dependem fortemente de grãos e outros bens básicos das zonas de guerra estão enfrentando uma crise alimentar catastrófica, especialmente em partes da África e do Oriente Médio. A crescente escassez resultante de crises na cadeia de abastecimento e a crescente tendência de abandono do livre comércio neoliberal e em direção ao protecionismo, nacionalismo e desacoplamento da produção nada mais fazem do que exacerbar a miséria e o capitalismo de desastres tem a oferecer à classe trabalhadora e aos pobres em todo o mundo.

Os Estados Unidos, o país mais rico do mundo, têm visto mais de um tiroteio em massa por dia e a desnutrição infantil, causada pela escassez de leite materno, está forçando as mães a compartilhar o leite materno. Milhões de mulheres enfrentam a ameaça de perder seu direito ao aborto e a direita está alvejando a juventude LGBTQIA+ e seus pais.

O estado chinês também está restringindo o acesso à saúde reprodutiva e a política repressiva “Zero Covid”, com seu lockdown em massa resultou em perda de empregos sem uma rede de segurança social, o que atinge especialmente as comunidades migrantes. Ao mesmo tempo, outros/as trabalhadores/as são trancados em suas fábricas e forçados a trabalhar. Os lockdowns têm sido complementados pela escassez de alimentos, medicamentos e outras necessidades. 

A polarização está crescendo globalmente, como pode ser visto pelos perigos do crescimento da extrema-direita e de populistas de direita em muitas partes do mundo. A direita usa a legítima raiva da classe trabalhadora e dos pobres para empurrar suas falsas soluções divisórias baseadas no racismo, sexismo, homofobia e xenofobia. 

Entretanto, há também um clima entre os/as trabalhadores/as para uma mudança radical e perda de ilusões em grande escala nos principais políticos corporativos, evidente, por exemplo, em uma série de vitórias da esquerda nas eleições latino-americanas ou no amplo apoio à aliança de esquerda de Mélenchon na França. Enquanto as grandes empresas e os governos capitalistas procuram descarregar suas crises sobre as pessoas comuns do mundo inteiro, a classe trabalhadora e as pessoas pobres estão lutando contra.

Os/as trabalhadores/as no Sri Lanka organizaram a primeira greve geral em 42 anos contra o regime corrupto e opressivo de Rajapaksa, como parte de um movimento de massas militante e corajoso que derrubou partes do governo. Níveis extremos de aumento de preços, violência pró-regime e um colapso econômico trouxeram milhões às ruas para exigir mudanças fundamentais.

Trabalhadores de hospitais em Xangai protestaram e entraram em greve contra o tratamento brutal da ditadura chinesa, enquanto trabalhadores trancados nas fábricas se revoltaram e entraram em confronto com a polícia.

Os/as trabalhadores/as na Turquia estão protestando e em greve contra o forte aumento do custo de vida, e no Irã, os/as trabalhadores/as estão lutando contra a austeridade econômica e a negligência do governo que causou, entre outras coisas, o colapso do edifício Metropol, matando dezenas de pessoas.

Nosso trabalho na linha de frente das lutas

Com a exacerbação da crise ambiental e o completo fracasso deste sistema em realizar até mesmo tarefas modestas para combatê-la, exigimos um investimento público maciço em um plano de investimentos verde socialista para criar dezenas de milhões de empregos de qualidade bem pagos em todo o mundo, aproveitando a riqueza dos bilionários para financiar uma verdadeira luta contra a mudança climática. Em novembro de 2021, a Alternativa Socialista Internacional mobilizou centenas de seus membros de todos os continentes para Glasgow para protestar contra a inação da conferência climática COP26. Uma de nossas principais demandas é transformar as multinacionais poluidoras e os setores-chave da economia (energia, transporte e mobilidade, finanças, agricultura, saúde) em propriedade pública democrática para implementar um plano econômico ecológico e socialista que reorganize a economia para servir em primeiro lugar as pessoas e o planeta.

Continuando nosso trabalho no movimento pelo clima, organizamos outro contingente internacional para se juntar à seção sueca da ASI nos protestos em torno da conferência de Estocolmo+50 em junho deste ano. A Cúpula de Estocolmo+50 das Nações Unidas sobre o clima teve como objetivo “celebrar 50 anos de ação ambiental global”, o que contrasta fortemente com a realidade onde os desastres ambientais são mais comuns, o aquecimento global está se intensificando e a maquiagem verde das elites está se intensificando. O país anfitrião, a Suécia, não conseguiu atingir 75% de suas metas climáticas neste período. A ASI ajudou a organizar as manifestações em Estocolmo para alcançar as melhores camadas de ativistas climáticos e as camadas da juventude que estão revoltadas com esta questão, conquistando-os para a necessidade de mudanças socialistas para combater a mudança climática.

Além disso, organizamos e participamos de protestos, comícios, piquetes e outras ações de solidariedade contra a guerra na Ucrânia, onde as necessidades básicas de milhões de pessoas são sacrificadas pelas potências mundiais imperialistas em nome do petróleo e dos lucros.

Os socialistas na Rússia, que há muito tempo se opõem ao governo reacionário de Putin, reagiram imediatamente intervindo nos protestos espontâneos antiguerra na Rússia. Enquanto o regime intensificava sua repressão contra qualquer um que se manifestasse contra a guerra com a prisão de mais de 15 mil pessoas, os socialistas também sofreram essa ameaça, com vários deles passando curtos períodos na prisão. Um em particular, Dzhavid Mamedov, depois de cumprir penas de dois meses de prisão só por se manifestar contra a guerra, enfrentou acusações criminais e possivelmente uma longa sentença de prisão. Uma campanha de solidariedade internacional muito eficaz ajudou a garantir que Dzhavid esteja agora em segurança. As medidas tomadas garantiram que os socialistas na Rússia pudessem continuar a operar, preparando-se para o futuro.

Também continuamos a desenvolver a campanha de Solidariedade contra a Repressão na China e Hong Kong e nos organizamos contra a ditadura brutal do PCC na China, que se opõe diretamente aos interesses de toda a classe trabalhadora e das pessoas pobres da região e do mundo.

Nossos membros na África do Sul ajudaram a construir a luta e a greve dos/as trabalhadores/as da Clover contra o fechamento de fábricas e demissões, exigindo ao invés disso um aumento salarial, expulsando os gananciosos proprietários do MILCO/CBC, e a apropriação pública democrática da Clover.

Nossos membros no Brasil estão nas ruas lutando contra o regime autoritário e reacionário de bolsonaro. Exigimos que não haja compromisso com as instituições que levaram Bolsonaro ao poder em primeiro lugar e que se acelere o movimento nas ruas.

Nos EUA, nossos membros desempenharam papéis-chave na recente onda de organização sindical, particularmente na Starbucks e na Amazon, na organização de protestos para defender os direitos das mulheres contra o ataque da Suprema Corte ao aborto, e na defesa dos direitos LGBTQIA+ contra políticos de direita e seus violentos apoiadores de extrema-direita.

Em dezembro passado, derrotamos, mais uma vez, uma tentativa antidemocrática das grandes empresas e da ala direita de remover Kshama Sawant, o único representante marxista eleito nos Estados Unidos. A nossa Campanha de Solidariedade com Kshama Sawant mostrou novamente: quando lutamos, vencemos!

Mais de 1.500 voluntários em Seattle se juntaram para ajudar a Socialist Alternative na organização e campanha sem precedentes que arrecadou um milhão de dólares em doações de 11 mil pessoas da classe trabalhadora. Isto foi fundamental para vencer a batalha política contra os bilionários e a direita. Um movimento combativo não é construído apenas sobre ideias marxistas, ele requer recursos para poder agir.

Precisamos de apoio para ajudar a construir a luta!

Temos recebido grande apoio de pessoas comuns da classe trabalhadora que têm vivido em condições cada vez mais difíceis. É evidente que não há saída sob este sistema. Precisamos construir as forças que apresentam uma alternativa e estão lutando todos os dias por uma alternativa socialista.

Para que possamos ampliar nosso trabalho e ter um grande impacto nos eventos, estamos lançando um apelo financeiro com uma meta de 75 mil euros, como parte do primeiro evento internacional presencial da ASI desde antes o início da pandemia de Covid-19 em 2020.

O capitalismo é um sistema global e, portanto, convocamos a um combate global. É por isso que é uma prioridade para nós construir um centro internacional forte para poder acompanhar e ajudar a coordenar nosso trabalho ao redor do mundo. Esta ajuda financeira irá para a construção de campanhas, mobilizando nossas forças e desempenhando um papel nas principais lutas das pessoas da classe trabalhadora em muitos países.

O verdadeiro poder está nas mãos de grandes empresas. Desde decisões tomadas em reuniões de diretoria e conferências corporativas; lobbying corporativo e doações aos partidos capitalistas; e os meio de comunicação privados, incluindo as mídias sociais – o poder político e financeiro estão fora das mãos das pessoas da classe trabalhadora. As pessoas da classe trabalhadora precisam construir seu próprio poder. 

É por isso que a ASI depende completamente das contribuições de nossos membros e apoiadores.

Você pode tirar um minuto agora mesmo para fazer uma doação e nos ajudar a atingir nosso objetivo e continuar nosso trabalho em todo o mundo no período que se avizinha? Você pode fazer uma doação de 5 euros, 10 euros, 50 euros, 200 euros, 1000 euros ou mais? Você pode fazer uma doação aqui.

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