Protestos de massas derrubaram o governo do Líbano

Depois de duas semanas de protestos constantes, marchas e greves, o governo libanês renunciou no dia 28 de fevereiro. A renúncia veio no mesmo momento da realização de uma greve geral que fechou a capital Beirute e dezenas de milhares de pessoas encheram as ruas, desafiando a interdição à manifestação que foi implementada o dia anterior.

Nas últimas décadas o Líbano sofreu sob a política de dividir para governar do imperialismo: guerra civil, ocupação sangrenta de Israel e ocupação da Síria.

O atentado à bomba que matou o ex-primeiro ministro Rafik Hariri no meio de fevereiro desencadeou protestos que uniram os diferentes grupos étnicos do Líbano. Desde o começo os protestos dirigiram-se contra a presença militar da Síria, com 15 000 soldados.

A demanda para que a Síria retire seus soldados também tem o apoio do imperialismo, mas por razões diferentes que as das massas do Líbano. O imperialismo estadunidense quer fortalecer seu controle e domínio sobre o Oriente Médio aumentando sua presença no Líbano. Além disso, o imperialismo espera que uma Síria enfraquecida ajudará o fortalecimento da classe dirigente em Israel e facilitará a retomada do “processo de paz” entre Israel e Palestina.