Resistência contra as demissões no Vale do Paraíba – Fortelecer e ampliar a luta

A região do Vale do Paraíba no estado de São Paulo tem sido foco de atenção nacional no cenário da crise econômica. Foi na unidade de São José dos Campos da General Motors que o primeiro grande episódio de demissão massiva, envolvendo mais de 800 trabalhadores, aconteceu no país.

Pouco tempo depois, a EMBRAER, gigante mundial do setor aeronaval, também de São José, demitiu 4,2 mil trabalhadores de uma só vez. Empresas fornecedoras de ambas também estão sendo duramente afetadas.

Empresas como a Volks­wagen de Taubaté e inúmeras outras usam esses exemplos para chantagear os trabalhadores: se não aceitarem reduzir salários e direitos, acabarão perdendo o emprego.

A resposta do Sindicato dos Metalúrgicos de São José e região, filiado à Conlutas, foi diferente daquela adotada pela maioria dos sindicatos ligados às outras centrais sindicais. O sindicato se recusa a aceitar acordos de redução de salário, como a Força Sindical tem feito, e mesmo banco de horas, como é prática corrente na CUT.

Nas eleições para a diretoria do sindicato em março, a vitória da Chapa 1 da Conlutas representa a vitória da política classista contra as centrais governistas e conciliadoras com os patrões.

Buscar ações unitárias de caráter nacional e internacional

Porém, é preciso ter claro que o Vale do Paraíba não poderá resistir sozinho contra a avalanche de ataques sobre os trabalhadores. Para fazer frente à patronal, é preciso ampliar essa luta, inclusive incidindo sobre a base das demais centrais sindicais e buscando ações unitárias de caráter nacional e até mesmo internacional.

Além disso, a luta contra os efeitos da crise não pode se dar num patamar meramente sindical. Trata-se de uma luta política do conjunto da classe trabalhadora. A resistência imediata aos ataques tem que ser a base de uma grande mobilização nacional por uma alternativa dos trabalhadores.